A Universidade Politécnica e o Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) estabeleceram, sexta-feira, 25 de Agosto, em Maputo, um acordo de cooperação interinstitucional para promover, fomentar, desenvolver e implementar actividades de treinamento, pesquisa, divulgação e publicações para benefício mútuo.

O CLACSO congrega actualmente 654 centros de pesquisa e escolas de pós-graduação na área de ciências sociais e humanas em 51 países da América Latina e outros continentes. Pretende-se com esta parceria promover acções concretas para o benefício dos cidadãos dos países de cada uma das partes nos próximos três anos.

Assinaram o referido acordo de cooperação, o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, e o director de investigação da CLACSO, Pablo Vommaro, em representação de Karina Batthyány, a directora executiva.

O acto constituiu o culminar de um evento de cinco dias, Escola Internacional REGS, uma plataforma de diálogo, intercâmbio, integração e solidariedade entre académicos, incluindo docentes, investigadores, estudantes de pós-graduação, activistas e representantes de organizações da sociedade civil e fazedores de políticas públicas, organizado em Maputo pela Universidade Politécnica e o CLACSO, com colaboração da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Intervindo na ocasião, o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, referiu que o encontro, que contou com a participação de 12 países da América Latina, África do Sul, Estados Unidos da América para além de Moçambique, resultou do esforço combinado da conjugação de interesses e valores entre cidadãos de todo o mundo, com foco no Sul Global. “Foi evidente pelo calor e pelo entusiasmo que os participantes construíram mais do que canais para troca de informação. Foram criados aqui laços que oxalá se reproduzam e que sejam uma base para a pesquisa científica continuada e descoberta conjunta”, enfatizou.

Para o Director de Investigação do CLACSO, Pablo Vommaro, o acordo ora assinado consolida e formaliza o relacionamento entre as instituições e promove trabalhos previstos na Rede de Conhecimento sobre o Direito à Educação no Sul Global (REGS), e que são de carácter colectivo e cooperativo. “Creio que o mais importante que conseguimos construir nestes cinco dias tem a ver com os conceitos, com as emoções, com vínculos e com os corpos também, pois pudemos conviver, trocar experiências e, sobretudo, dialogar. Foi bom reconhecer as diversidades a partir do reconhecimento da diferença para construir algo comum”, concluiu.

Importa realçar que o encontro decorreu sob o lema “O Direito ao Ensino Superior no Sul Global: Horizontes, Disputas e Significados” e tinha por objectivo a troca de conhecimento e experiência sobre a situação actual dos sistemas de educação superior no Sul Global.

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